Você costuma ler os rótulos dos produtos que compra para seus filhos?
Não? Cuidado! Um estudo do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC)
revelou que as rotulagens de alimentos voltados às crianças não possuem
orientação nutricional adequada a este público. Na pesquisa, a maioria
dos produtos específicos para o público infantil trazia apenas as
referências nutricionais de um adulto embalagem.
E qual é o
problema? Como os Valores Diários Recomendados (VDR) de nutrientes para
crianças são menores, ao ler as tabelas baseadas na dieta de um adulto
os pais podem se enganar com essas informações. E em embalagens com
indiscutível apelo infantil – como as que trazem personagens licenciados
e mensagens direcionadas às crianças – a probabilidade dos pais serem
induzidos ao erro é muito grande. Então, vale ficar de olho nos “vilões
dos pacotinhos”:
1. GLUTAMATO MONOSSÓDICO (GMS)
Realçador de sabor conhecido amplamente como um aditivo na comida
chinesa mas, na verdade, é adicionado a milhares de alimentos! Este
aditivo alimentar é responsável pelo gosto Umami. Ele seria o “quinto
gosto”: salgado, doce, ácido, amargo e umami. Responsável por tornar as
comidas mais “saborosas”, é um dos piores aditivos alimentares no
mercado e está presente em sopas enlatadas, biscoitos, carnes, saladas,
refeições congeladas… É encontrado em restaurantes e supermercados
locais, na lanchonete da escola e, incrivelmente, mesmo na comida de
bebê e em fórmulas infantis.
O GMS é mais do que somente um
tempero como o sal e pimenta, ele realça o sabor dos alimentos, fazendo o
gosto de carnes processadas e refeições congeladas ficar melhor e
cheirar melhor, as saladas ficarem mais saborosas e comidas enlatadas
com gosto menos metálico.
Enquanto os benefícios do GMS à
indústria de alimentos está bem clara, este aditivo alimentar pode estar
lenta e silenciosamente fazendo grandes danos para sua saúde, entre
eles estão relacionados a obesidade, dor de cabeça, fadiga,
desorientação e depressão. Para diminuir o consumo do GMS, vale reduzir
na dieta os produtos industrializados e apostar na boa e velha comidinha
caseira, com produtos e temperos naturais.
2. SAL
Não
é novidade que consumir sal em excesso é prejudicial à saúde. Mas uma
pesquisa realizada recentemente mostra que o ele pode ser um gatilho
para a obesidade infantil. A lógica é: para matar a sede após fazer uma
refeição salgada, as crianças tendem a consumir mais bebidas doces ao
invés vez de água.
O sódio é um dos componentes do sal e, vale
lembrar, eles não são sinônimos. Nos rótulos, é apresentada a quantidade
de sódio, e não de sal, fique atento. Cada 5 gramas de sal – cerca de
meia colher de sopa – contém aproximadamente 2 gramas de sódio. A
quantidade diária recomendada para o consumo de um adulto é de 4 a 6
gramas de sal. Para crianças de 2 a 9 anos esse índice cai para 400 mg.
Sempre apontado apenas como vilão, o sódio, sim, precisa ser consumido
diariamente, mas sem exageros. No corpo de adultos e crianças, ele tem a
função de equilibrar a água no organismo, contração muscular e impulsos
nervosos, por exemplo. Entretanto, seu consumo em excesso gera retenção
de líquidos, aumento da pressão sanguínea e outros problemas.
3. AÇÚCAR
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que o consumo
do açúcar não ultrapasse 10% das calorias na dieta, cota facilmente
alcançada se não ficarmos de olho na quantidade de biscoitos,
chocolates, balas e refrigerantes que os pequenos consomem. O excesso de
açúcar é a causa de uma série de problemas, muito além das cáries. Um
deles é a obesidade infantil, já considerada uma questão de saúde
pública. O consumo exagerado também contribui na elevação do nível de
triglicérides, gordura perigosa que pode obstruir as artérias. O
resultado pode vir na forma de doenças cardiovasculares e até diabetes
tipo 2.
4. GORDURAS SATURADAS
Estudos indicam que elas
aumentam os níveis de colesterol ruim, o LDL. Se consumidas em excesso,
promovem o acúmulo de colesterol nas paredes das artérias, a chamada
aterosclerose, que aumenta a possibilidade de doenças cardíacas e
neurológicas. Confira no rótulo se o produto está livre de gordura
saturada!
Postado por Nutricionista Claudia Beatriz de Medeiros, em 24 de março de 2013.
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